Poucos minutos antes do horário marcado para seu retorno à Venezuela (12h em Brasília), Juan Guaidó deixou gravada uma mensagem em áudio divulgada pelo Twitter, na qual anuncia: "Estou voltando para casa, nossa casa".
— Em poucas horas, estarei com os homens e as mulheres aos quais mais admiro, aqueles que resistiram — declara.
Guaidó repete na mensagem o que se tornou o slogan de sua estratégia para um período pós-Nicolás Maduro: "cesse a usurpação, governo de transição e eleições livres".
Não se sabe por onde ele tentará entrar no país: se pelo aeroporto de Maiquetía, perto de Caracas, ou pelas fronteiras com Brasil ou Colômbia.
Autoproclamado presidente no dia 23 de janeiro, o líder da oposição deixou a Venezuela em 22 de fevereiro para participar da operação frustrada de ingresso de ajuda humanitária no país. Na sequência, iniciou um tour pelos países aliados do continente, tendo passado por Colômbia, Brasil, Argentina, Paraguai e Equador.
Ele estava proibido de deixar a nação por ordem judicial. Maduro tem dito que irá prendê-lo se ele retornar. Mas enfrenta um dilema: detê-lo significaria comprar briga com os mais de 50 países que apoiam Guaidó. Deixá-lo entrar colocaria em xeque sua autoridade interna.