A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) voltou a se manifestar sobre as sucessivas detenções de jornalistas nacionais e estrangeiros pelo regime de Nicolás Maduro na Venezuela. Por meio de comunicado, a entidade exigiu a libertação de repórteres que estão sendo mantidos presos no país e o respeito às convenções internacionais sobre o trabalho de jornalistas em zonas de conflito.
Entre os detidos nos últimos dias estão Rodrigo Pérez e Gonzalo Barahona, do canal público TVN, do Chile, e uma equipe da agência de notícias EFE integrada pelo espanhol Gonzalo Domínguez Loeda e pelos colombianos Mauren Barriga Vargas e Leonardo Muñoz. Todos os cinco já foram liberados e deportados.
Também foram retidos os franceses Pierre Caillet e Baptiste des Monstiers, da rede TF1, e seu produtor local, Rolando Rodríguez. Os venezuelanos Maiker Yriarte, da TV Venezuela, e Ana Rodríguez, da VPItv, completam a lista.
Além desses profissionais, a SIP cita ainda o episódio envolvendo Zero Hora, em que fui retido por duas horas em um quartel de Caracas, na sexta-feira (25), e os casos das jornalistas venezuelanas Osmary Hernández, correspondente da rede CNN, e Beatriz Adrián, da Caracol Noticias, da Colômbia.
A presidente da SIP, Maria Elvira Domínguez, diretora do jornal El País em Cali, afirmou:
— Com a afronta cotidiana contra o direito do povo à liberdade de reunião e contra a liberdade dos jornalistas de exercerem suas funções, o governo Maduro se revela cada vez mais como um regime opressor, ditatorial, que busca apegar-se ao poder com mais repressão e violência.