Confinado em sua casa para sua "própria proteção", segundo os militares que ocuparam as ruas na quarta-feira, o ex-todo-poderoso ditador do Zimbábue Robert Mugabe, no poder desde 1980, ainda se apresenta como único líder do país, mas está cambaleante. Provavelmente já foi apeado da presidência, embora nem saiba.
Outros tiranos seguem com suas mãos de ferro bem presas ao poder em países africanos:
Rei Mswati III
Chegou ao trono da Suazilândia em 1986, após a morte do pai, Sobhuza II. Tem hábitos extravagantes, como coleção de carros de luxo e mansões para suas 15 mulheres. A cada agosto, mais de 80 mil mulheres dançam para o rei na expectativa de conquistá-lo em um evento que virou atração turística no país. Alguns anos atrás, uma jovem pediu asilo ao Reino Unido depois que Mswati III quis torná-la sua esposa. Ele chegou a defender que os portadores do HIV fossem esterilizados.
Teodoro Obiang
O todo-poderoso líder da Guiné Equatorial assumiu a presidência em 1979. É acusado de assassinatos e sequestros, além de receber na própria conta bancária boa parte do dinheiro que o país ganha com petróleo.
Omar al-Bashir
É o mais sanguinário. Comanda o Sudão desde 1989, depois de um golpe de Estado. Contra ele vigora um mandado de prisão expedido, em 2009, pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), de Haia, por genocídio nos conflitos em Darfur.