Superterça consagra Hillary e Trump

Antes mesmo do final da Superterça, uma vez que alguns Estados ainda estão contabilizando os votos, é possível afirmar que Donald Trump e Hillary Clinton praticamente selaram suas nomeações como candidatos dos partidos Republicano e Democrata à sucessão de Barack Obama.

A Superterça, quando são realizadas primárias internas das duas legendas em 14 Estados americanos, não define as nomeações, mas é muito importante do ponto de vista simbólico. Alavanca a candidatura, atrai mais doadores de campanha e cria no imaginário do eleitor americano a imagem de "agora, sim, temos dois candidatos definidos". É como um divisor de águas, uma peneira, se olharmos o grande número de políticos que iniciaram a disputa e, aos poucos, foram a abandonando.

Até agora, às 2h53min desta quarta-feira, Trump venceu no Alabama, Arkansas, Geórgia, Massachusetts, Tennessee e na Virgínia. Ted Cruz, seu principal adversário, venceu no Texas e em Oklahoma.

Hillary Clinton ganhou no Alabama, no Arkansas (onde seu marido, Bill, foi governador entre 1993 e 2001), Alabama, Geórgia, Massachusetts, Tennessee, Texas e na Virgínia. Sanders, o rival democrata, ganhou em Vermont, seu berço político, Colorado, Minnesota e em Oklahoma.

Ambos escolheram a Flórida como quartéis-generais de suas campanhas neste dia. Hillary comemorou primeiro. Tendo como fundo uma platéia meticulosamente escolhida – composta por brancos, negros, hispânicos e uma mulher vestindo o véu islâmico -, ela fez um discurso muito mais emotivo do que o de Trump, que preferiu uma coletiva de imprensa, tendo como fundo uma série de bandeiras dos Estados Unidos.