Confesso que com todo esse caos que vivemos no Rio Grande do Sul, ainda não consigo pensar em futebol. Mas diante da volta do Grêmio aos treinos, fui procurar saber os motivos que fizeram o clube optar pelo CT do Corinthians, em São Paulo, e mandar jogos no Couto Pereira, em Curitiba, visto que são lugares mais distantes da sua torcida.
A primeira coisa que ouvi foi que o Grêmio tentou de todas as formas levar os trabalhos para Santa Catarina e oeste do Paraná, onde existe uma enorme quantidade de gremistas, mas esbarrou em algumas dificuldades.
Os CTs são pequenos, com poucos campos e muitos clubes usam o mesmo espaço para a equipe profissional e base. Além de usarem pelo menos um dos campos para a plantação da grama de inverno. Ou seja, o Grêmio praticamente não teria autonomia para mandar seus treinamentos. Outra dificuldade era a exigência da Conmebol de distância de 150km de um aeroporto internacional e as colisões entre os jogos dos anfitriões com a agenda do Tricolor.
Para os treinos no CT Joaquim Grava, do Corinthians, além de ter proximidade com o hotel que vai ficar hospedada a delegação, o Grêmio terá autonomia para treinar em dois turnos, independentemente das atividades da equipe paulista, pois o CT possui campos suficientes para comportar os dois clubes, além de não ter a questão da troca de gramado de inverno.
Para os jogos, o Couto Pereira foi o lugar mais adequado dentro das condições que a Conmebol exige para vestiários, gramado, estrutura de imprensa, aeroporto e etc, e o lugar mais próximo do seu torcedor. Obviamente vamos perder um pouco em fator local, SC seria o ideal, mas vale lembrar que no ano passado fizemos uma festa tão linda no Couto que lembramos os bons tempos do Velho Casarão.
Será um ano atípico e cheio de dificuldades. Mas acredito na força da nossa torcida. O Couto Pereira vai virar Olímpico Monumental! E estaremos com o Grêmio onde o Grêmio estiver!