O Grêmio voltou a jogar pouco. Outra vez viu em Suárez a solução de suas dificuldades. O sistema de marcação é precário. Outra vez chegou a um resultado razoável sem merecimento. Se tirarmos os três ou quatro lances geniais do centroavante uruguaio, resta pouco, ou nada.
O Tricolor tem um time que carece de explosão, que defende mal e ataca muito pouco, que não oferece lampejos de esperanças para seu torcedor no futuro das competições que participa.
Renato não tem minorado as dificuldades do seu time. Seu trabalho pouco tem acrescentado. Poderia ter perdido o jogo pelas chances desperdiçadas e por defesas do goleiro Grando. A disputa no jogo de 180 minutos está em aberto e transferida para o dia 31. E o Grêmio está carregando uma mala de dificuldades para a volta. Se tiver o mínimo de arrumação coletiva, volta de lá classificado para as quartas de final. Este empate precisa ser festejado. O Grêmio escapou de coisas muito piores.
Momento do gênio
Gol perdido não costuma entrar na história. O que fica na lembrança são os marcados. Dito isso, o que ficou registrado, na noite desta quarta-feira (17), foi um golaço de Suárez, de bico de chuteira no ângulo. Um gol bem ao estilo do uruguaio e de sua capacidade de artilheiro.
Só que, na minha opinião, o lance em que Suárez esteve mais próxima das ideias e dos fatos geniais se deu no primeiro tempo. Um cruzamento de direita, e a bola caiu atrás dele. Se virou, dominou no ar e ajeitou para o arremate de bicicleta. Mesmo sem visão da goleira, fez a bola se chocar com o travessão. Rafael Cabral já estava vencido. Suárez merecia o gol e uma placa. Mas a teimosia da bola o tirou aquele momento de genialidade.
Enfim, Suárez salvou o Grêmio no segundo tempo e evitou uma derrota que seria muito pesada na decisão.