A façanha colorada sobre o Colo-Colo me autoriza a dizer que o Inter mostrou pinta de campeão. Isto não é nenhuma certeza, é somente o rastro de esperança que ficou para trás.
Fazer os quatro gols que necessitava em apenas 70 minutos é uma coisa tão extraordinária que remete, necessariamente, a muita tranquilidade e esperança. Dos times que ainda estão vivos dentro da Sul-Americana, o mais temível é o São Paulo. Os outros são muito menores do que o Internacional.
Claro que precisam ser respeitados, que o Inter necessita contra eles sempre fazer o jogo de Copas, ou seja, aquele jogo que se sabe que diante de um desastre pode ser o fim. O time precisou ser heroico para passar pelo adversário chileno, tudo porque no primeiro jogo foi moleirão, quase sonolento.
Aquele Inter guerreiro, combativo, com a união dos colorados é muito forte. Ficou provado. Agora é não dar lado para o azar e , quem sabe, festejar o desejado título de bicampeão da Copa Sul-Americana.
ALEMÃO
Seu jeito de jogar é muito estranho. Parece que não sairá nada daquele corpo. Não tem intimidade com a bola, tem dificuldade para se colocar em campo, não é um bom passador. Mas tem algumas coisas notáveis, sendo que a maior delas é a forma como ele compete.
Os zagueiros não têm sossego. Ele os incomoda o jogo inteiro, dando trombada, marcando eles, tirando o espaço para saírem jogando. E seus gols: eles são estranhos, nada parecem com gols de grandes goleadores. Mas valem.
Foi assim contra o Colo-Colo. Alemãodowski é uma força do ataque colorado, que tem Pedro Henrique, Taison, Vanderson, David, Wesley Moraes. Mano não pode se queixar de falta de material humano.