No domingo (8), no Maracanã, foi Daniel. O grandalhão e grande cabeceador Gustavo Henrique foi nas nuvens para cabecear para baixo e no canto. Era gol do Flamengo na cobrança de escanteio. Eis que, como um felino, Daniel salta na bola com o braço esticado, o corpo retilíneo e faz o que parecia impossível: ele tapeia a bola e evita o gol quase na risca. Lembrou Gordon Banks, o lendário goleiro inglês que fez uma notável defesa na Copa de 70, no México, contra o Brasil, numa cabeceada incrível de Pelé.
Na segunda-feira (9), na Arena, a Chapecoense sai na frente com um gol logo aos quatro minutos, marcado por Anselmo Ramon. Cinco minutos depois tem uma bola chutada na trave esquerda do gol de Chapecó. A bola volta para a pequena área, o goleiro gremista está caído para o lado esquerdo, Anselmo Ramon está chegando na bola. Com incrível velocidade, Chapecó volta para o lado direito. O centroavante chuta com força, totalmente a "queima-roupa". É gol, pensamos todos. Nunca imaginávamos que o jovem goleiro gremista pudesse esticar o braço, tocar na bola, que ganhou altura e foi se espraiar na linha de fundo para escanteio do time catarinense.
Estou me recordando de dois momentos incríveis. Daniel e Gabriel Chapecó foram fantásticos e muito responsáveis pelas vitórias da dupla nesta rodada. Os dois times precisavam ganhar e conseguiram muito pela alta qualidade dos goleiros. Sim, é verdade, goleiro também ganha jogo.