A semana passada foi trágica para Miguel Ángel Ramírez. Uma derrota "patética", como definiu meu colega Lele Bortholacci, e outra no Gre-Nal. Só que neste calendário maluco, de muitas competições, o treinador do Inter terá duas grandes oportunidades de recuperação.
Começa na quinta contra um adversário que tem muita tradição no futebol sul-americano mas que, na atualidade, tem um time de má qualidade. Basta lembrar que levou 6 a 1 no Beira-Rio. Dá pra ganhar até com facilidade. A outra chance é bem mais complicada.
No domingo tem o Gre-Nal e a desvantagem no placar. E o jogo é na Arena do Grêmio. Será a chance de ganhar do rival, um sonho distante dos torcedores colorados.
O futebol dá estas oportunidades e elas precisam ser aproveitadas. Importante que o treinador colorado consiga corrigir alguns erros que muitas pessoas enxergam, mas que ele teima em não reconhecer. As chances estão colocadas. Será que Ramirez irá aproveitar?
Tempo precioso
Mudar a estrutura de um time requer tempo. É preciso ter paciência, dizem os que defendem a estrutura tática trazida por Ramírez. Até agora são 15 jogos, entre Gauchão e Libertadores.
Os resultados são preocupantes. Corre risco na competição continental e está em desvantagem na regional. Já tem cinco derrotas, duas em clássicos. Os dirigentes têm paciência porque sabiam que era preciso mudar.
Sempre foi a convicção dos que comandam o Inter. O que eu estou questionando, vendo o Colorado se atrapalhar, é até quando vai a paciência. E aí nós saímos dos gabinetes diretivos e vamos para a torcida.
A paciência de torcedores tem prazo muito mais curto. Ramírez precisa encontrar soluções mais rápidas se quiser ganhar a torcida. Ela não tem paciência. E não adianta falar em imediatismo do futebol brasileiro. Ramirez não conseguirá mudar a cultura dos torcedores.