O São Paulo não gastou R$ 200 milhões para montar um time. Fernando Diniz precisou se socorrer das categorias de base do clube para conseguir montar um time que, apesar de tudo, ainda é vice-líder do Campeonato Brasileiro, quatro pontos atrás do Inter e, portanto, ainda muito candidato ao título.
Seu grupo é pequeno e formado por jogadores que nada acrescentam, como Gonzalo Carneiro, Toró, Paulinho Bóia e outras criaturas. A grande contratação seria Daniel Alves, que custa uma fortuna para o clube, mas responde apenas com futebol bem mais ou menos.
Jorge Sampaoli, ao contrário, mandou e levou reforços em todas as posições. Mas seu time está atrás do São Paulo, mesmo que ganhe o jogo atrasado que tem. Ou seja, está mais distante do título. Joga sempre da mesmo forma, atacando o tempo todo, tipo " ataque de índio ", e acaba desfazendo sua força defensiva. Parece que só o seu time existe. Ele joga igual contra todos adversários.
Diniz é muito parecido. Contra qualquer time, ele busca sair jogando de trás, com jogadores de capacidade duvidosa, e não são poucos os casos em que entrega gols feitos para o adversário. Basta lembrar a goleada sofrida contra o Inter. São treinadores que olham só para seu umbigo, não parecem preocupados com as estratégias dos adversários e se complicam por aí.
Claro que o fiasco maior, se não for campeão, será de Sampaoli. Gastou fortunas para nada e ainda passou quase toda competição sem outros jogos, podendo treinar mais e recuperar seus jogadores enquanto os outros enfrentavam Libertadores e Copa do Brasil. Mas por que Diniz é mais criticado?
Simples. Primeiro porque tem história mais curta e menos vitoriosa. Segundo por que fala português, ou seja, não entrega o charme do Sampaoli. Aqui no Brasil, nos últimos tempos, se convencionou dizer que técnico estrangeiro é melhor. Fora o Jorge Jesus, quem mais se deu bem? E seu recorde de jogos com vitórias consecutivas já foi igualado e pode ser superado no domingo por Abel Braga. Ser treinador estrangeiro neste momento no futebol brasileiro, por pior que seja, é uma grande vantagem. Diniz que o diga.