
Quando Odair Hellmann foi demitido pelo Inter e a direção colorada foi buscar Eduardo Coudet, os torcedores viveram intensos momentos de euforia. Afinal, o clube estava demitindo um retranqueiro, alguém que mesmo tendo chegado à final da Copa do Brasil, não empolgava.
Era o sonho de um time impositivo, ofensivo, algo muito diferente do que se via, buscando dias melhores. Veio Coudet, e quase não se viu nada disso. O Inter tinha algumas vitórias, mas não convencia. Além disso, jogou quatro Gre-Nais e perdeu três. Empatou um, e não marcou nenhum gol nos enfrentamentos com o Grêmio.
Tudo isso até quinta-feira (13). O discurso de Coudet finalmente entrou em campo. O Santos não achou o Inter a noite toda. O Colorado fez 2 a 0, mas poderia ter feito cinco ou seis. Desperdiçou muitas chances. O gol de Edenilson beirou obra de arte, pelo toque de calcanhar de Guerrero e a cavadinha do meio-campista.
A chamada intensidade, que seria a regra principal do time colorado, apareceu. Os jogadores do Santos ficaram tontos pelo toque de bola envolvente da equipe gaúcha. Saravia jogou um bolão. O Inter não teve aquele volante atrás dos zagueiros, o que parece deixar o time com um jogador a menos. Os 65 % de posse de bola se deram com ações ofensivas, sempre perto da área, sempre criando situações complicadas para o adversário.
Se este for o time de Eduardo Coudet, com esta velocidade, com esta intensidade, com esta volúpia ofensiva, dá para pensar em coisas grandes ainda neste ano. O discurso chegou no campo. Será que é isso mesmo?