O que se espera de um treinador nos dias de hoje no futebol brasileiro? Que ele faça um time escalando os melhores jogadores, que tenha vitórias e boas atuações. Eduardo Coudet conseguiu vitórias pelo Inter, mas a boa, a grande atuação, foi contra o Santos. Nas demais, o time não andou tão bem assim. Mas ganhou, e isto vale.
Somar pontos, jogando bem ou não, é muito bom. Nestes tempos de pandemia, onde o dinheiro dos clubes encurtou drasticamente, o que eu espero de um treinador de grande clube é que ele descubra jogadores nas categorias de base e os faça render a ponto de se tornarem titulares. Neste ponto, Coudet descobriu Zé Gabriel. Sim, descobriu. Porque ele é, originalmente, volante, e o treinador o bancou como zagueiro na saída de Bruno Fuchs, que foi vendido e aliviou o caixa colorado.
Zé Gabriel está jogando muito mais do que o titular anterior. Neste lance ousado, quando todos queriam Moledo, ele encontrou um jogador que se enquadra no seu modelo de jogo, além de conseguir uma solução técnica importante e, logo ali, uma solução financeira para o clube.
O jovem defensor é o grande achado, a grande e inestimável contribuição de Eduardo Coudet no início do seu trabalho. Quando se discute se ele deve empregar seu modelo de jogo mesmo com jogadores sem características ideais, ele acha um jogador que beira a perfeição. No modelo e na capacidade técnica.