Era 4 de março. Ronaldinho e Assis, ainda não se sabe o porquê, buscaram entrada no aeroporto de Assunção, no Paraguai, com passaportes falsos. Não existe uma resposta clara até agora sobre por que tomaram esta decisão, visto que eles são homens do mundo, transitam por muitos países e têm seus passaportes normais, o que não lhes causaria problemas, ainda mais que não é preciso do documento para ingressar no país vizinho.
Foram presos pela polícia paraguaia. Lembro que GaúchaZH escalou o repórter Eduardo Gabardo para fazer a cobertura deste fato. Ele ficou alguns dias e transmitiu para nós que o problema tinha gravidade. Foram 40 dias na prisão e, depois, prisão domiciliar no hotel, com fiança de US$ 1,6 milhão. Uma fortuna depositada nos bancos paraguaios para garantir esta prisão domiciliar em um hotel luxuoso.
Se fugirem, perdem o dinheiro. O advogado dos brasileiros diz que eles não sabiam que os documentos eram falsos. O juiz Gustavo Amarilla foi o responsável pela prisão, e o promotor Frederico Delfino aponta que as investigações prosseguem. Ele desconfia que no novelo das informações podem estar escondidos outros crimes e por isso não libera os irmãos Moreira.
O Hotel Palmaroga é luxuoso. Eles ocupam duas suítes e pagam US$ 700 por diária. Não podem receber visitas em função do coronavírus, ou seja, estão isolados no hotel. Tem um ginásio e uma academia em que eles jogam bola e fazem exercícios físicos.
Ronaldinho passa a outra parte do seu tempo com respostas às mensagens que seus milhares de fãs lhe enviam. Enfim, perto de completar 100 dias presos na Agrupación Especializada Paraguaia, uma prisão que existe para receber personalidades que cometem crimes, ou no luxuoso hotel, não existem ainda sinais de que poderão ser soltos.