Quando o futebol voltar, e espero que seja em breve, Renato Portaluppi terá de volta seu esquema favorito, que é o 4-2-2-2. Dois volantes, dois meias e dois atacantes. Tem gente que chama este esquema de 4-2-3-1, entendendo que Everton faz uma função mais atrasada, de meia. Ninguém é mais atacante do que ele no time do Grêmio e, junto com Diego Souza, formam o ataque do Grêmio.
São dois volantes, Matheus Henrique e Maicon, e dois meias, Jean Pyerre e Alisson. Foi desta forma que Renato viveu seus melhores momentos no time gremista. Neste momento, com a volta de Jean Pyerre, o esquema de três volantes está sepultado.
A dúvida que o treinador poda ter é entre Maicon e Lucas Silva. O primeiro é craque, mas apresenta profundos problemas de lesões que o atrapalham bastante. Lucas Silva é mais jovem, tem saúde e crescia a cada jogo. Além disto, é capaz de arrematar com violência de fora da área, criando uma situação ofensiva importante. Se estiver bem, joga Maicon. Só que muitas vezes ele não está bem. A única certeza que se tem é a de que Matheus Henrique é titular.
Reavaliação
Os dirigentes do Grêmio já começam a reavaliar números do prejuízo milionário que terá o clube por esta longa paralisação do futebol. Romildo Bolzan imaginava alguma coisa em torno de R$ 25 milhões. Ele, e muitos de nós, imaginávamos que, em meados de maio, poderíamos voltar a ver futebol outra vez. No entanto, as últimas informações e projeções das autoridades de saúde indicam que teremos futebol lá por julho.
Caso isto se torne realidade, serão três meses e meio sem jogos, sem receitas importantes. Só que, neste meio tempo, as despesas continuam quase intactas. Os dirigentes gremistas já estão se dando conta de que o prejuízo deverá ser muito maior.
