Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, deu uma entrevista para uma emissora da Argentina dizendo que Libertadores deve voltar no dia 6 de maio. Mais do que uma informação oficial, ele expressou o desejo de ver sua grande competição ser retomada. Não há nenhuma certeza disso — pelo contrário, há quase certeza de que nesta data a situação será pior do que hoje.
O pico do coronavírus em nosso meio deve chegar logo adiante e, possivelmente, muitos países ainda estarão vivendo momentos críticos, quem sabe até sem abrir suas fronteiras. Claro que torço para que ele tenha razão. Não vejo a hora de ver o futebol retornar para que possamos falar de jogos, de gols, de competições.
Outra demonstração de desejo foi dada por Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional. Bach trabalha ainda com a certeza de que a Olimpíada de Tóquio deverá ocorrer normalmente. Talvez ele tenha esquecido que os países não conseguem fazer a triagem dos atletas. Ou seja, não se sabe quem vai disputar as competições porque os países estão proibindo as torneios qualificatórios. Seria mais fácil se ele decretasse, imediatamente, transferência dos Jogos para 2021. Estaria tudo resolvido em nome da saúde de todos.
Claro que estes dirigentes estão preocupados em ver suas competições acontecerem, mas o que o mundo está assistindo vai muito além da realização de torneios.
Incertezas
Ninguém consegue nestes dias inquietantes e nervosos projetar nada à frente. Até agora, o que se sabe é que a Copa América já passou para 2021 e que o Gauchão não deve continuar. Marcar data para o retorno do futebol na América do Sul é leviandade. As autoridades de saúde não conseguem nos dar certeza de nada. Muita coisa vai depender do procedimento das pessoas. No final de semana, as praias do Rio de Janeiro estavam lotadas, numa forma irracional de comportamento. Só Deus sabe o que temos pela frente e como vamos sair desta guerra que nos metemos.