Só o modesto Aimoré, no seu Estádio Cristo Rei, talvez com as suas bênçãos ou até mesmo com proteção de Padre Réus, conseguiu empatar com o Grêmio. Os demais, até aqui, foram brutalmente derrotados.
Os dois times de Caxias levaram 3 a 0. O Novo Hamburgo tomou 4 a 0, mesmo escore que foi colocado no São Luiz. O Grêmio sobra, atropela seus adversários como se fosse uma máquina, jogando com reservas ou com titulares. Nem o fato de ter adversários melhor preparados fisicamente contribui para qualquer dificuldade dos gremistas.
Não me lembro de um início de temporada tão magnífico como este. Enquanto isto, vê seu grande adversário, o Inter, se debater com imensas dificuldades e encarreirar três jogos sem vitória. Renato já tem dois times. O que goleou o Caxias e o Novo Hamburgo, tratado como time alternativo, tem grades soluções técnicas.
O Grêmio tratou de ter qualidade e quantidade, pois a temporada reserva quatro competições e, como no ano passado, com jogos decisivos quartas e domingos. O início de temporada é fantástico. Existe uma "máquina azul", mortífera no campeonato raiz.
Pepê, o artilheiro do Gauchão
O maior entusiasta que já vi sobre este jogador é o presidente Romildo Bolzan. Estive com ele e pude testemunhar sua euforia. Contra o Caxias, foram dois gols. Além disso, deu um chute no travessão e ainda alguns lances de alta técnica. Everton tem substituto. Pelo menos é o que Pepê mostra em todos os jogos.
Pode-se ver evolução e confiança em suas jogadas, em seus arremates e em sua incrível precisão para marcar gols. Pepê faz parte de uma safra de jogadores formados na Arena que tem Mateus Henrique, que joga cada vez mais, Jean Pyerre, outro que cresce, e outros que ainda não tiveram grandes oportunidades. Se o Grêmio confirmar a venda de Everton e faturar alguns importantes milhões de reais, Pepê assume a vaga e tem tudo para repetir o que Everton anda fazendo, que não é pouco.