Vejo com preocupação a participação do Inter na Libertadores. Não existe um time formado, existem muitas posições abertas. Para piorar, o desempenho está bem menor do que o atingido no ano passado. Fico imaginando uma troca de esquema, privilegiando o 3-5-2, modelo com o qual Tite fez o Brasil se render ao futebol do Grêmio em 2001, quando foi campeão da Copa do Brasil, dando verdadeiras aulas de futebol.
O Inter tem Moledo, Cuesta e Emerson Santos como zagueiros. Nas laterais, que se transformam com a atividade de alas, tem Zeca e Bruno na direita, Iago e Uendel pela esquerda. No meio-campo, Rodrigo Dourado, que pode ter a companhia de Edenilson e D'Alessandro. E, na frente, o uruguaio Nico López e mais um atacante que se escalará pelo andamento dos jogos. Não perde nada em força ofensiva e se qualifica defensivamente. O Grêmio de 2001 tinha Eduardo Costa como primeiro volante, Tinga e Zinho como meias. Davam show. O time jogava por música.
Será que o Inter não ficaria melhor assim? Tem de treinar, dizem os entendidos. Só que treinando muito, na forma atual de jogar, os resultados tem sido modestos e preocupantes. O 3-5-2, certamente, não será pior do que se está vendo neste momento. Acho que não está nos planos do técnico Odair Hellmann, mas gosto bastante, principalmente quando tem as peças para fazer as funções. Este esquema privilegia muito D'Alessandro, que ficaria livre para criar, com Zeca e Iago se soltando para o apoio. Acho que seria bem interessante.