O primeiro tempo de D'Alessandro contra o Caxias foi um show. Fez lançamentos maravilhosos, dribles, chutes a gol. Tudo que um craque pode fazer. No segundo tempo, parou. Bota a bola onde quer, mas perde a movimentação. Continuo entendendo que a sua presença em campo, com alto poder competitivo, está limitada a 45 minutos.
Camilo, o outro armador do Inter, quando entra no segundo tempo e no seu lugar original, consegue ser importante. Ele é técnico, faz lançamentos primorosos e tem boa capacidade de conclusão. Quando colocado fora do lugar, não consegue jogar. Poucos times têm dois armadores com esta qualidade.
Juntos, fragilizam o setor de meio campo. Com três volantes, contra o Caxias, o desempenho foi muito bom no primeiro tempo.
AVANÇOS COLORADOS
A vitória não veio, mas o desempenho começa a aparecer. Disse certa vez Adenor Bachi, o Tite, que o importante é ter desempenho, treinar muito para encontrá-lo. As vitórias seriam consequência natural. A derrota em Caxias do Sul se explica por um gol contra, que nada tem a ver com o rendimento do time, e um gol na segunda etapa, quando o time já estava exausto.
Enquanto teve pernas, o Inter teve transição rápida. Parecia até que nunca mais se veria o Inter sair da defesa para o ataque com velocidade. Os três volantes conseguiram dar efetiva proteção à defesa que quase não teve trabalho no primeiro tempo. D'Alessandro também foi apoiado pelos marcadores e conseguiu jogar muito até cansar. No ataque, a principal diferença ficou com Pottker.
Até agora, fez gols e assistência além de perder chances. Pottker ocupou todas as posições do ataque colorado e foi infernal para os defensores do Caxias. Ainda é cedo, nada é definitivo, são apenas dois jogos do time titular do Inter.