D'Alessandro ainda não conversou com a promessa argentina, recém-contratada pelo Inter. Mas viu vídeo de Martín Sarrafiore, ex-capitão do Huracán, que firmou contrato com o clube colorado e chega na metade do ano. E gostou muito do que viu:
– Temos o costume de receber todos muito bem. Ainda não conversei com o Sarrafiore. Quando chegar, vou conversar. Vi um vídeo dele. Se jogar o que eu vi, será muito bom – disse o capitão argentino, em entrevista coletiva depois do treino desta quinta-feira.
D'Alessandro ainda falou sobre a "polêmica" de jogar ao lado de Camilo. Com o companheiro de volta aos treinos, depois de uma lesão muscular, a questão foi uma vez mais levantada:
– Futebol é engraçado. Ano passado até forçavam para jogar junto eu e o Camilo. Esse ano, já vi que a gente não pode jogar junto. Camilo é um excelente jogador, quem vai decidir isso é o treinador. Ele vai ver isso na semana. Se ele por dentro. Eu, por fora. Se vai jogar Camilo, D'Alessandro. Hoje temos várias opções: Edenilson jogou pela esquerda. Ontem (quarta-feira) jogou o Gabriel que chega na área, infiltra e tem marcação forte. De repente, se o jogo fosse em casa, poderia ter jogado o Marcinho. quem decide é o treinador – finalizou.
Confira trechos da entrevista coletiva de D'Alessandro:
Início de temporada, desempenho na partida
"Começo de ano sempre a gente tem que ter um pouco de cautela, e tranquilidade pra avaliar, tirar conclusões, né? Com um mês, três jogos feitos por duas equipes diferentes, time trabalhando a parte física, técnica e tática, com pouco tempo de trabalho, não dá para concluir nada. Mesmo assim, a gente foi de menor a melhor nesses três jogos. Primeiro jogo, sabíamos que fisicamente íamos ficar devendo. Corpo não responde, começa errar passe. Deu para ver que fisicamente a gente melhorou, foi crescendo, evoluindo, jogo progrediu. Fomos evoluindo, temos ideia de jogo, em que o Odair implementou nos últimos jogos no do ano passado. Continuou trabalhando em cima da base do time no ano passado. isso já é um ganho importante. A gente se sente a vontade com ele (treinador), com a ideia dele, nos sentimos a vontade ontem também. Temos dois times fortes, quase três. Mostraram vontade, empenho, trabalho, ganhamos do último campeão gaúcho. Colocaram aí que ganhamos do lanterna. Não merecíamos nem empatar o jogo, normal seria ganhar o jogo. Futebol tem isso, não duvidar da maneira que estamos treinando."
Efetividade na finalização
"Nós ganhamos de 1 a 0 no primeiro jogo, depois 3 a 0. Tivemos ontem sete chances, mas me preocuparia se a gente não criasse. Já passamos por isso na Série B. Em alguns momentos que não concretiza a chance de gol, começa aquela dúvida e complica um pouco o jogo. Somos um grupo, um time. Quando a gente cria jogada, não é só o meia que cria. Começa lá atrás. Estamos tentando sair jogando com o goleiro, se não dá para sair de um lado, vamos pelo outro. Estamos tentando e isso é uma ideia do treinador. Não é só o atacante que tem que fazer gol, os volantes com chegada precisam chegar na área. Só dividimos a responsabilidade, que fica muito melhor. "
Jeito de jogar e D'Ale com Camilo
"Futebol é engraçado. Ano passado, até forçavam para jogar junto eu e o Camilo. Esse ano, já vi que a gente não pode jogar junto. Quem tem que ter a cabeça no lugar é o atleta. Depois, o que vem de fora, temos que ouvir, saber o que acontece. Camilo é um excelente jogador. Quem vai decidir isso é o treinador. Ele vai ver isso na semana. Se ele por dentro. Eu, por fora. Se vai jogar Camilo, D'Alessandro. Hoje tem várias opções, Edenilson jogou pela esquerda. Ontem (quarta) jogou o Gabriel que chega na área, que infiltra, marca forte. De repente, se o jogo fosse em casa, poderia ter jogado o Marcinho. Quem decide é o treinador."
Copa do Brasil
"Copa do Brasil não dá para experimentar. Perdeu, está fora. No Gauchão, dá. A gente fica tranquilo e continuar trabalhando, confiando no que a gente está fazendo."
Gauchão
"Não opino sobre os outros clubes, eles têm planejamentos diferentes. Eu não sei. O que eu sei que o favorito hoje é o Novo Hamburgo, que é o atual campeão. Brasil e Caxias têm 100% de efetividade. O último campeão é o time a ser batido."
As opções de Odair
"Já se criou (a polêmica sobre quem deve jogar), são dois jogos. 'Esse tem que sair, esse tem que jogar. Coloca time reserva, que fez três gols'. Temos que tentar ficar fora de tudo isso. Eu gosto que aconteça isso, que todo mundo esteja pronto para jogar, faz com que cada um tenha que aumentar o nível de exigência individual e coletiva. Atrás tem outro que está vindo querendo jogar. Eu sempre quis, no nosso time, jogador que queira jogar. Me preocupo com quem está no banco e tanto faz. Isso faz com que o grupo cresça. Essa competição sadia tem que existir. Quem vai escolher, é o treinador."
A chegada de Roger
"Eu vi vocês falarem que o Roger falou do nosso ambiente. Sempre foi assim, não é porque o cara novo chegou, que o ambiente está assim. Nosso clube sempre teve problema de vestiário, sempre colocaram uma ou duas cabeças na frente, uma era a minha. Mas o ambiente sempre foi assim."
A chegada dos reforços
"Camisa do Inter é muito pesada, não é só colocar e jogar. A torcida está em cima, vocês (imprensa) começam a falar, aparecem as críticas. Então, a mídia aqui no Inter não é igual a outros clubes. E temos que suportar a pressão. Torcida vem assistir treino. Nós tentamos dar suporte, e quero que venham jogadores que queiram jogar. Dá para ver que vem para acrescentar, que chegam cedo, que são profissionais. Isso que eu gosto.
Seis anos com a braçadeira
"Alegria, felicidade. É uma coisa que marca, que fica na história, e eu tenho uma obrigação. A braçadeira simboliza muito em um clube. Desde o Fernandão para baixo. A braçadeira foi usado por muitos vencedores. Pra mim é um orgulho, é sempre a decisão de um treinador. Até o último dia que eu levar ela, vou levar com orgulho."
Objetivos
"Estou com muito fome de ganhar, mas não se ganha de um dia para o outro. Tudo que eu ganhei no clube foi porque os times tinham jogadores que mantinham um ambiente legal, defendiam a camisa, treinavam mais tempo. Tentamos passar isso para quem chega".
Sarrafiore
"Temos o costume de receber todos muito bem. Ainda não conversei com o Sarrafiore, quando ele chegar vou conversar. Vi um vídeo dele, se jogar o que eu vi, será muito bom".