Em 33 dias, foram seis casos de furto ou vandalismo. É o que registra o 9º Batalhão de Polícia Militar sobre as novas bicicletas e patinetes de aluguel, que viraram sensação em Porto Alegre. A média, portanto, é de um ataque a cada cinco dias.
O diferencial desses serviços – prestados pelas empresas Yellow e Grin – é que eles não têm estações fixas: o aplicativo mostra no celular onde estão as bikes ou patinetes mais próximas, que são deixadas em qualquer calçada pelo usuário anterior.
– Toda semana ocorre um caso. Nos episódios de furto, temos conseguido autuar sempre em flagrante os delinquentes – diz o comandante do 9º BPM, tenente-coronel Luciano Moritz.
Segundo ele, as denúncias costumam chegar pelo 190. Foi o que ocorreu no caso da imagem no topo da coluna: um homem levava sobre os ombros um patinete da Yellow, no final de fevereiro, na Rua Voluntários da Pátria, quando foi flagrado por um motorista, que o fotografou com seu celular. A Brigada conseguiu prendê-lo.
Conforme o delegado Juliano Ferreira, da 17ª Delegacia de Polícia, para onde o ladrão foi encaminhado, ele será indiciado e, provavelmente, denunciado por furto pelo Ministério Público. Não foi preso em flagrante.
– Não sendo crime de violência ou grave ameaça, dificilmente um juiz manteria a prisão. É bem possível que ele seja condenado, mas a pena deve ser em regime aberto – prevê o delegado.
No caso das bicicletas, a estratégia mais comum dos ladrões têm sido arrancar o recipiente onde fica o GPS, equipamento que permite à empresa acompanhar onde estão as bikes. O tenente-coronel Luciano Moritz diz que as bicicletas de aluguel do BikePOA, menos expostas porque contam com estações fixas, não têm registro de ataques recentes.
Procuradas, nem a Yellow nem a Grin responderam se Porto Alegre apresenta mais casos de furtos e vandalismo do que em outras cidades. Em nota, as empresas repetiram que contam "com um time de guardiões" – uma equipe que circula nas ruas para monitorar os equipamentos, mantendo contato frequente com as autoridades.