Tinha um macaquinho no restaurante – um macaco de verdade no colo de uma moça, todo carinhoso enquanto ela e um grupo de amigos tomavam milk-shake. A cena chamou a atenção de clientes do 20barra9, no Moinhos de Vento, no domingo (29) à tarde.
– Já tive coelho, papagaio, furão, rato, jabuti. Se eu pudesse, teria um elefante no meio da minha sala – diz a dona do macaco-prego Benjamin, a empresária e protetora de animais Natália Andreghetto, 30 anos.
Na casa onde mora, em Canoas, ela tem nove gatos e 15 cachorros – Benjamin vive aos amassos com todos eles. Embora alguém possa estranhar, a situação do macaquinho é legal: foi comprado em um criadouro em Xanxerê (SC), conhecido por ser o único autorizado pelo Ibama a vender essa espécie. Mas Natália diz se incomodar por ouvir, às vezes, "coisas agressivas":
– Falam como se eu tivesse tirado ele da natureza, o que não é verdade. Não gosto de sair com ele, porque muita gente quer pegar no colo, passar a mão, não entende que não é como um cachorrinho.
No 20barra9, onde a presença de animais é autorizada, houve quem torcesse o nariz. Um relato no Facebook afirmava que Natália dividia comida e talheres com o macaco, mas a empresária garante que "isso é maldade".
– O Benjamin é viciado em doce, então sempre que vê um milk-shake tenta pegá-lo a qualquer custo. A gente brinca com ele, mas não damos nem dividimos nada – esclarece a dona do macaquinho.