Preocupadas com as consequências de uma festa desorganizada, prefeitura e Câmara de Vereadores entraram em campo para estimular bares da Padre Chagas a promoverem, sim, no próximo dia 17, as celebrações de Saint Patrick's Day. Mas não vai ser fácil.
A resistência da associação de moradores Moinhos Vive espantou duas grandes marcas que patrocinariam o evento: os bares perderam R$ 1 milhão. Com o dinheiro, investiriam em segurança privada, banheiros químicos, limpeza pós-festa e gradeamento na rua para evitar superlotação.
– Milhares de pessoas irão à Padre Chagas no dia 17, querendo ou não. Seria muito melhor, então, se tivéssemos uma estrutura organizada do que uma bagunça generalizada – diz Andréa Weber, presidente de outra associação de moradores do Moinhos de Vento, esta favorável à festa.
Na terça-feira, o presidente da Câmara, Valter Nagelstein (PMDB), e o vereador Ricardo Gomes (PP) convocaram uma reunião com representantes da EPTC, da Guarda Municipal e do Escritório de Eventos da prefeitura para tratar do assunto. A posição foi unânime: todos disseram que o melhor seria contar com a iniciativa privada.
– Estamos solicitando aos donos de bares que se reúnam e apresentem sugestões de organização à prefeitura. Sabemos que no ano passado (quando 35 mil pessoas foram à Padre Chagas) não foi o ideal, mas eles já haviam se organizado para obter um avanço neste ano. Aí, houve esse retrocesso – lamenta Ricardo Gomes.