A Uber diz que aumentará em 30% o valor das corridas na Capital se o projeto que tramita na Câmara de Vereadores for aprovado como está. Não dá para saber o quanto é verdade e o quanto é ameaça, mas a empresa contesta três pontos específicos:
1. A exigência de que os carros sejam emplacados em Porto Alegre. Segundo a Uber, 46% dos motoristas ficariam impedidos de trabalhar na cidade, já que boa parte reside na Região Metropolitana.
2. A proibição do pagamento em dinheiro. Conforme a empresa, quase metade das corridas são pagas assim, especialmente por moradores de regiões mais afastadas.
3. A condição de que os carros tenham, no máximo, seis anos de uso. Diz a Uber que 42% da frota estaria fora da regra.
Bem, concordo com a empresa no item 1. Mesmo quem mora fora de Porto Alegre tem, sim, o direito de gerar renda na capital do Estado. Sobre o pagamento em dinheiro, cada motorista deveria decidir se aceita ou não — boa parte deles, aliás, não gosta de trabalhar com dinheiro por questões de segurança.
E sobre a resistência da Uber em relação ao item 3, ora, talvez por isso o serviço tenha piorado tanto nos últimos meses.