Vejam só. Nas escolas colombianas, uma polêmica sobre costumes sexuais está dividindo setores da sociedade. Depois do suicídio de um adolescente homossexual, o ministério da Educação estuda distribuir manuais entre os estudantes, esclarecendo temas como a sexualidade e o preconceito.
Claro, religiosos fundamentalistas se viram contra a medida.
A questão é combater a praga da homofobia.
É um tema humanitário, que não deveria dar margem a debates.
Gina Parody, ministra da Educação da Colômbia, diz que quem é contra a paz com a guerrilha das Farc se aproveita da situação para criticar o governo:
– Acredito que estão misturando todos os temas. Estão gerando confusões, manipulações. Isso tem uma implicação direta nesse plebiscito pela paz.
A ministra, lésbica declarada e acusada de impor uma "colonização homossexual" com os manuais, assegurou ao Congresso que todas as críticas recebidas se devem à orientação sexual. Disse ainda que o governo e o ministério da Educação respeitam o direito dos pais de decidir como educar os filhos.
– Aqui temos duas visões de país. Algumas pessoas querem um país que promova o ódio, o medo, que divida, enquanto outras acreditam na democracia e que essa democracia se baseia em valores fundamentais como o respeito, a igualdade, a liberdade, a dignidade humana. Essa é a discussão.
A Corte Constitucional ordenou uma revisão nos códigos de convivência escolar depois do caso de um adolescente de Bogotá que se suicidou em 2014 por sofrer discriminação sexual em escola particular católica.
O colunista só tem a dizer o seguinte: estamos falando de vida.
Se um menino se suicidou, é imperativo que o tema seja levado JÁ à escola!