Na santa ignorância da minha infância provinciana, meteoros já cruzavam os céus do Rio Grande com alguma frequência. Não causavam tanto espanto como atualmente – e eram conhecidos por um nome menos pomposo, mas certamente mais encantador: estrelas cadentes. Ainda que os especialistas considerem uma raridade a frequência com que o fenômeno ocorreu na semana passada, lembro-me de ter visto, quando menino, episódios semelhantes a esses que vêm assombrando os gaúchos nos últimos dias, sem que fossem identificados como sinais apocalípticos ou coisas do gênero. O mais preocupante eram os adultos que gostavam de assustar as crianças alvoroçadas pela visão:
Estrelas cadentes
Os meteoros não nos atingirão nem nascerá verruga no nariz de quem lhes apontar o dedo
Desejo que a luz efêmera do próximo meteoro faça com que mais gente volte os olhos para o céu e perceba a beleza das constelações de outono em nosso hemisfério
Nílson Souza
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