A visão de dois meteoros em dias consecutivos, o que aconteceu no Rio Grande do Sul na quinta e na sexta-feira, é um evento bastante raro.
Marcelo Zurita, diretor-técnico da Brazilian Meteor Observation Network (Bramon), observa que fenômenos da mesma magnitude costumam ocorrer em média uma vez a cada 15 dias em algum ponto do planeta.
— Uma vez em determinado lugar já é raro. Duas vezes na sequência é raríssimo — afirma ele.
O primeiro meteoro foi avistado em dezenas de municípios gaúchos às 22h35min de quinta-feira, viajando a 50 mil km/h. Na sexta-feira, o fenômeno se repetiu, por volta das 20h. Conforme uma análise de massa feita pelo Bramon, o objeto da quinta-feira tinha o tamanho de uma bola de futebol. O outro ainda não foi analisado, mas a princípio era um pouco menor.
A ocorrência de dois eventos parecidos na mesma região e em um curto intervalo de tempo não está relacionada. Seria apenas uma grande coincidência.
— Analisamos os dois, e não existe nenhuma relação de um com o outro, porque as órbitas são diferentes. Quando se trata de órbitas próximas, isso pode identificar a origem em um mesmo asteroide ou um uma chuva de meteoros. Como as órbitas eram distintas, essas possibilidades estão afastadas — explicou Zurita.