O Inter vai de visitante à casa que tomou emprestada com relativo sucesso enquanto não teve o Beira-Rio disponível. Acaba de perder um jogo que poderia ter empatado ou vencido, tamanha foi a paridade com o Atlético-MG.
Na iminência de voltar a jogar em Porto Alegre, o time de Coudet pode concluir que cumpriu boa parte da missão durante a dificuldade. No Brasileirão, está competitivo. Na Sul-Americana, vive. Na Copa do Brasil, ainda espera.
Flamengo e Palmeiras têm melhores elencos do que o Inter, o que não bastou para torná-los inalcançáveis na tabela. Sem centroavante disponível, o Colorado terá um Criciúma entusiasmado pela frente.
A campanha do time catarinense é de evitar rebaixamento sem sustos caso consiga mantê-la neste nível. É o que vale também para o Juventude de Roger Machado, que consegue fazer do Alfredo Jaconi um fator de desequilíbrio.
O grau de preocupação sobe muito quando o Grêmio entra na pauta. O momento é tão duro que a torcida gremista esteve perto de comemorar um triste empate contra o Atlético-GO.
O alento de Renato à sua torcida é que "a sorte começou a voltar". Pouco, combinemos. O time titular tem qualidade suficiente para que rebaixamento não fosse a palavra que habitasse a boca de gremistas em geral. Quando se incluem os reservas na avaliação, se entende por que a queda à Série B não soa absurda, ainda mais se somada à ausência por tempo indeterminado de uma casa para chamar de sua.
A nova residência alugada é o Centenário, em Caxias. O adversário, um Fluminense envelhecido e entregue ao interino de sempre, Marcão. Adversário também no confronto da Libertadores em agosto. Não fosse o contexto que pressiona o Grêmio, mesmo o elenco curto não autorizaria falar em medo de rebaixamento. Porém, futebol não é algoritmo. Nunca será.
Tem o quesito emocional a nublar os demais quando se somam seis derrotas, um empate e duas vitórias em 10 jogos. É contra isso que o Grêmio joga neste domingo em Caxias do Sul.