Mbappé já tinha sido monstruoso em 2018, está quatro anos mais maduro e oito ou dez mais imprevisível, dono absoluto do próprio repertório. Escolhe as armas do seu arsenal de acordo com a dificuldade que o adversário lhe apresenta. Sobra em relação a qualquer outro jogador desta Copa, incluindo o fora de série Messi. Porém, na classificação às quartas, Giroud foi personagem também.
Na dificuldade do primeiro tempo, quando a Polônia jogou seu melhor futebol na Copa, foi o centroavante quem abriu os caminhos. Tinha perdido gol sem goleiro minutos antes. No segundo tempo, a França era francamente superior, mas faltava materializar esta supremacia em gol. No lance do 2 a 0, é Giroud quem amacia uma bola que vem alta e rifada em sua direção. Um domínio de bola insuspeitado para quem é considerado um cara que mantém com a bola uma relação, no máximo, cordial. É de onde nasce o contragolpe do gol de Mbappé, que faria outro da mesma matriz. A França ainda é a grande candidata ao título.