Matheus Schuch

Matheus Schuch

Jornalista (PUCRS) e mestre em comunicação (UnB). Em Brasília, traz bastidores dos Três Poderes e analisa o cenário político. Já atuou como repórter multimídia do Grupo RBS na capital federal, em Porto Alegre e Caxias do Sul. Também tem passagens como setorista de Política e de Economia no jornal Valor Econômico e no Grupo Bandeirantes.

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Deputado gaúcho recebe Bolsonaro e aliados para discutir anistia via Congresso

Encontro ocorre um dia após o ex-presidente ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República por cinco crimes no âmbito do inquérito sobre tentativa de golpe de Estado

Matheus Schuch

MATEUS BONOMI / AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
Conforme a PGR, ex-presidente seria o líder de organização criminosa golpista.

Um dos aliados mais fiéis de Jair Bolsonaro, o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) recebe o ex-presidente em seu apartamento funcional, nesta quarta-feira (19), para discutir o projeto de anistia dos acusados de planejarem um golpe de Estado em 2022. Outros parlamentares que defendem o projeto de lei participam do encontro, que ocorre um dia após Bolsonaro e mais 33 pessoas serem denunciadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Buscar uma saída via Congresso para a denúncia passou a ser a prioridade de Bolsonaro, que na terça-feira (18) já se reuniu com lideranças da oposição no Senado. Os aliados do ex-presidente entendem que será inútil aguardar uma reversão do quadro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Além de evitar a prisão, o ex-mandatário tem expectativa de reverter também no Congresso a inelegibilidade determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que permitiria sua candidatura nas eleições do ano que vem.

A partir das conversas que teve nos últimos dias, Bolsonaro considera que há maioria no Congresso a favor da anistia.

— Hoje, conversando com parlamentares, como do PSD, sinto que a maioria votaria favorável (à anistia). Eu acho que na Câmara já tem quórum para aprovar a anistia —  disse o ex-presidente, ontem.

Até agora, porém, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não deram indicativo de que irão pautar o projeto.

A denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, inclui Bolsonaro e mais 33 pessoas. O documento, que agora será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, esmiuça a estrutura da trama golpista, que antes já havia sido bem detalhada no inquérito policial. O documento reforça que Bolsonaro só não levou adiante o plano golpista por falta de apoio das Forças Armadas, especialmente do Exército.

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