O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Entre 2 de junho e 5 agosto, o dólar experimentou alta de 9,75%. Significa que em pouco mais de 60 dias, a moeda norte-americana escalou de R$ 5,23 para R$ 5,74, uma diferença de R$ 0,51 provocada por motivos que vão do aumento da aversão ao risco no cenário internacional, passando por uma nova escalada no preço do petróleo, rumores de crise nos mercados asiáticos e até falas em que o presidente Lula demostra mais interesse em elevar gastos públicos do que encaixá-los dentro das regras fiscais criadas pelo seu próprio governo.
Desde a terça-feira (6), quando a ata do Copom tratou de restabelecer um viés de vigilância e austeridade da política monetária, foram cinco pregões consecutivos operando no campo negativo, o último, nesta segunda-feira (12), quando fechou em R$ 5,49, baixa de 0,34%.
Depois de flertar com o patamar de R$ 5,80, o que acendeu o sinal de alerta no mercado, em seis dias o câmbio caiu 2,83%, devolvendo quase um terço (29,02%) dos avanços, de caráter especulativo, que conduziram a compra e a venda no período na B3.
Por que isso é relevante? Além de outros fatores de custos para as empresas, economistas consultados pela coluna dizem que com a moeda norte-americana entre R$ 5,50 e R$ 5,60 não há aumento da pressão inflacionária sobre os alimentos, o que é muito desejável no momento.
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