Na véspera, o dólar havia passado de R$ 5,30 durante o dia, mas fechou em R$ 5,285, mais longe da barreira psicológica de R$ 5,30. Nesta quarta-feira (5), voltou a cruzar o patamar durante o dia, mas mesmo com levíssima alta, de 0,23%, ficou a apenas três centésimos de um novo nível, em R$ 5,297.
Foi o que bastou para passar da cotação de 23 de março de 2023, quando havia fechado em R$ 5,296. Agora, portanto, é o maior em 16 meses, desde janeiro do ano passado. A máxima do dia foi de R$ 5,305, por volta de 15h40min.
Os motivos continuam os mesmos: a inquietação do mercado com o PIB mais alto, a queda no preço de matérias-primas básicas (commodities, como petróleo e aço) e um nova onda de aversão ao risco global, mais relacionada a países emergentes, como México e Índia, ambos com eleições presidenciais recentes.
A menos que alguma boa e inesperada novidade adoce o humor azedo do mercado nos próximos dias, parece uma questão de tempo para que a moeda americana cruze o patamar de R$ 5,30. Caso a alta persista, pode pressionar a inflação, mas ainda é cedo para provocar esse efeito.