Era esperado que o dólar não baixasse tão cedo dos R$ 5, mas nesta terça-feira (4) a cotação da moeda americana fechou em R$ 5,285, resultado de alta de 0,9%. Durante do dia, chegou a ser negociado por R$ 5,296.
Foi o valor mais alto desde 23 de março de 2023, quando havia fechado em R$ 5,296.
Como a coluna havia antecipado pela manhã, parte desse movimento se deveu à inquietação do mercado com o resultado do PIB no primeiro trimestre, que ficou um pouco acima do esperado.
Em abril, em meio à incerteza fiscal, o dólar havia subido para R$ 5,27, mas depois passou por moderação, oscilando no patamar de R$ 5,10. No final da semana passada, voltou a trafegar na faixa dos R$ 5,20, e nesta terça-feira (4) se aproximou dos R$ 5,30, sem cruzar essa barreira psicológica.
Além da inquietação com o PIB mais alto - só compreensível no âmbito da projeção de corte de juro -, contribuíram com a alta a queda no preço de matérias-primas básicas (commodities, como petróleo e aço) e um novo ensaio de aversão ao risco global, mais relacionado a países emergentes, como México e Índia, ambos com eleições presidenciais recentes.