Clovis Tramontina deixou há dois anos a presidência executiva da companhia que leva o nome da família, mas segue uma referência no Estado. Nesta segunda-feira (10) estava na reunião convocada pela Fiergs para cobrar medidas do governo federal. A sua indústria já fez a sua parte, com doações de roupas, colchões e cobertores, e se prepara para fazer mais, com doação de talheres, panelas e móveis de plástico.
O que é necessário para a reconstrução?
Na realidade, precisamos saber que essa mobilização inicial vai passar. As pessoas têm de cuidar dos seus negócios, têm de voltar à vida normal. O que precisamos é manter os empregos. E precisamos de dinheiro, dinheiro bom. São importantes essas visitas do presidente Lula, mas o mais importante é a liberação de recursos, e que seja para os municípios, que sabem onde está doendo. Quem sabe são os municípios, não é o Estado, não é a federação.
O que a Tramontina fez para ajudar?
Primeiro, olhamos para nosso público, que não teve muitos problemas. Na região em que atuamos, os maiores problemas ocorreram em Bento Gonçalves, que teve muitos deslizamentos. Também ajudamos com doações de equipamentos, roupas, colchões, cobertores, equipamentos para cozinha. Estamos lançado kits econômicos, a preços bem baixos, para quem quer comprar e doar. Fizemos parcerias com os nossos clientes, prorrogamos títulos, perdoamos dívidas. Estamos junto com as comunidades.
Chegaram a fazer doações de itens que vocês produzem?
Agora é que chegou a hora de doar esse tipo de material. Não era antes, porque as pessoas não estavam a salvo. Agora que as pessoas estão remontando as casas, é preciso doar itens básicos. E isso a Tramontina faz bem. Talheres e panelas, especialmente. Móveis de plástico também podem ajudar muito.
*Colaborou João Pedro Cecchini