Maior holding (companhia que é dona ou sócia de várias empresas) brasileira de investimentos com capital aberto, a Itaúsa doou R$ 6 milhões com destinações específicas para o socorro e a reconstrução do Rio Grande do Sul.
A empresa é controladora do Itaú, maior banco do Brasil, além de participações relevantes em empresas como Alpargatas, Aegea (nova dona da Corsan), CCR, Copa Energia e Dexco. Os recursos foram doados pelo braço social, o Instituto Itaúsa e serão empregados em três etapas:
1. Apoio Emergencial para água, medicamentos e outras necessidades urgentes.
2. Apoio ao legado para reconstrução de escolas e postos de saúde.
3. Apoio a municípios com planos de emergência climática e ações de recuperação econômica.
A maior parte, de R$ 4 milhões, vai para as duas primeiras fases, por meio da ONG União BR, que, como a coluna mostrou, está centralizando boa parte da ajuda de grandes companhias.
Os outros R$ 2 milhões serão investidos com foco na implementação de planos municipais de emergência climática que serão executados utilizando a metodologia desenvolvida pelo Instituto Votorantim em parceria com a CBA e Instituto Itaúsa, chamada Iniciativa Ação Climática, que tem como objetivo incentivar ações práticas de enfrentamento à mudança do clima.
Iniciativas das empresas da Itaúsa
O banco Itaú destinou R$5 milhões para ajudar a custear voos humanitários da companhia aérea Azul, com itens como doações e mantimentos, para a região afetada. Outros R$ 5 milhões foram destinados à organização não-governamental Movimento União BR para destinar recursos à população. Os recursos destinados pelo banco se somam a outras iniciativas aos clientes e apoio aos funcionários afetados.
A Alpargatas se uniu à organização não-governamental Movimento União BR para destinar recursos para o fornecimento de itens de higiene e necessidade básica, além de doação de sandálias e vestuário da marca Havaiana.
A CCR Via Sul, que administra as BRs 101, 290 e 386, além da RS-448 no Rio Grande do Sul, teve suas atividades impactadas, suspendeu temporariamente as cobranças em todas as praças de pedágio de suas rodovias.
A Corsan, da Aegea, adotou medidas emergenciais, como a contratação de geradores para suprir a falta de energia elétrica, oferta de carros-pipa para o atendimento imediato à população e instalação de reservatórios em pontos específicos. Ainda ampliou a equipe de mergulhadores que atuam na desobstrução das redes de captação.
Na Dexco, as atividades das operações de painéis e florestal da unidade de Taquari (RS) foram suspensas temporariamente e retomadas de forma gradual. A companhia não teve danos em seus ativos industriais ou florestais, mas enfrenta dificuldades no abastecimento de insumos e transporte de produtos devido às condições das estradas. Medidas de segurança estão sendo tomadas e a empresa está apoiando a comunidade local e seus colaboradores.
O Centro Operativo da Copa Energia, em Canoas, foi interditado por conta das inundações. Foi criada uma força-tarefa com diversas frentes de abastecimento na região, nas operações de Pelotas e Passo Fundo, além da mobilização logística entre outros Estados para atender a demanda de Canoas. Abriu um Fundo de Auxílio, inicialmente de R$ 1 milhão, além de criar uma plataforma que viabiliza doações, entre outras medidas de apoio aos colaboradores diretamente afetados.