O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço
A partir de atuação da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), as cooperativas de crédito e as instituições financeiras subnacionais BRDE, Banrisul e Badesul passaram a operar o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), para ampliar a capilaridade e o acesso ao crédito para as empresas.
A informação foi confirmada na quarta-feira (29), durante o anúncio de um novo pacote de medidas para reconstruir o Rio Grande do Sul, elaborado pelo Governo Federal. Entre as ações estratégicas voltadas para a retomada da economia, divulgadas no Palácio do Planalto, estão diversas linhas de financiamento que foram estruturadas com o auxílio dos bancos para ampliar o socorro ao Estado.
O pacote de financiamento do BNDES contará com três linhas de crédito específicas, totalizando R$ 15 bilhões e incluí o financiamento de máquinas, equipamentos e serviços com uma taxa de juros extremamente competitivas (1% ao ano mais spread bancário), o financiamento aos empreendimentos para projetos customizados, incluindo a construção civil com prazo e carência maiores (até 120 meses e 24 meses respectivamente) e capital de giro emergencial para todos os portes de empresa. Os recursos para essas linhas são do Fundo Social, que já tinha, entre seus objetivos, atuar na recuperação de eventos climáticos.
Conforme explica o presidente da ABDE e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera, as novas medidas de apoio ao RS tiveram influência direta da entidade e das instituições financeiras de desenvolvimento.
– Foi por meio de atuação junto à Casa Civil, que implementamos medidas importantes que vão ampliar o acesso ao crédito para a reconstrução da economia do Rio Grande do Sul, o que será fundamental no auxílio às famílias e empresas afetadas por essa tragédia –comenta.
Para a Finep serão R$ 4 bilhões do Inovacred. Do montante, R$ 1,5 bilhão, com taxa de TR+5%, que podem ser operados junto aos agentes financeiros credenciados da Finep, associados à ABDE, que atuam na região.
No total, 50% dos recursos serão para micro e pequenas empresas, sendo que 40% do empréstimo pode ser usado em capital de giro para investimentos em infraestrutura. O foco será nas empresas inovadoras que receberam financiamento da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Emprapii), Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Lei do Bem ou da Finep nos últimos 10 anos. A Finep também lançou editais para reparos emergenciais de equipamentos para centros de pesquisas e pesquisadores.