Como não chegou a haver dano às instalações, a Braskem está retomando nesta segunda-feira (20) as operações no polo petroquímico de Triunfo. Conforme havia caracterizado o diretor financeiro da companhia, Pedro Freitas, a parada havia sido decidida por "questões logísticas e de acesso a água".
A partida das plantas será realizada em sequência. Se as condições climáticas e de acesso ao polo seguirem estáveis, a expectativa é concluir o processo em cerca de 15 dias. Nesse período, alerta a Braskem, será preciso acionar o flare (tocha), dispositivo-padrão de segurança utilizado pelas indústrias químicas e petroquímicas.
Com isso, a chama pode ficar alta ao longo dos próximos dias, mas isso significa que a retomada está avançando com segurança. Quando ocorre qualquer problema, gases e insumos são incinerados, gerando fogo mais alto.
— Nesses últimos dias, nossas equipes estiveram focadas em buscar as condições seguras para retomar a produção e, assim, contribuir mais ativamente com o fornecimento de matéria-prima para a produção de itens importantes para este momento — afirma em nota o diretor industrial da Braskem RS, Nelzo da Silva.
No polo de Triunfo, a Braskem tem seis unidades industriais, com capacidade produtiva anual ao redor de 5 milhões de toneladas de químicos e resinas termoplásticas (polietileno e polipropileno), incluindo o biopolímero polietileno verde, feito a partir do etanol de cana-de-açúcar.
A companhia tem outras unidades no Brasil, mas só na do RS é produzido esse insumo parcialmente descarbonizado, que em sua maioria é destinado para exportação.