No dia seguinte em que a decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) de indeferir a construção de um prédio de 45 andares no centro de Porto Alegre, a Melnick, responsável pelo projeto, afirmou que buscará "as alternativas e os ajustes necessários ao projeto" (leia a íntegra da nota no final do texto).
A empresa também informou que o empreendimento já tinha projeto aprovado, depois de passar por "todos os trâmites requeridos" e agora está em fase de reaprovação. Nessa etapa, ponderou a Melnick, são "normais manifestações com intuito de adequações solicitadas entre as partes".
O principal argumento do Iphae para vetar o projeto é que a altura "não só é três vezes maior que o limite de pavimentos estabelecido pela Portaria" como "mais que o dobro do número de pavimentos identificados nos edifícios mais altos do entorno do Museu, que situa-se entre as cotas mais altas do centro da cidade". Conforme a decisão, "nesse contexto, entende-se que o projeto promove um impacto paisagístico que ultrapassa os limites do Museu (Julio de Castilhos, que ficar sob a sombra da edificação) e atinge todo o Centro Histórico".
A nota da Melnick
"A incorporadora esclarece que respeita integralmente as normativas legais e sempre atua de acordo com as exigências dos órgãos competentes. O empreendimento já possui projeto devidamente aprovado que seguiu todos os trâmites requeridos e atualmente está em fase de reaprovação. Nessa etapa, todos os órgãos e secretarias são consultados, sendo normais manifestações com intuito de adequações solicitadas entre as partes. Acreditamos assim no alinhamento com o Iphae, destacando que a obra somente será iniciada com as devidas aprovações e liberações legais. Cabe ressaltar que valorizamos a importância histórica e cultural do Museu Julio de Castilhos e reconhecemos sua relevância para o Estado do Rio Grande do Sul. Destacamos que o compromisso da Melnick é garantir que todas as formalidades legais sejam rigorosamente observadas e que se busquem as alternativas e os ajustes necessários do projeto, de acordo com as devidas anuências dos órgãos de proteção do patrimônio histórico e cultural."