Pela primeira vez desde 31 de outubro de 2023, o dólar comercial fechou cotado acima de R$ 5 nesta segunda-feira (18). Conforme analistas, foi mais por influência internacional do que por motivos da economia nacional.
A moeda americana encerrou em R$ 5,026 em dia de pressão cambial global. O primeiro dia útil da semana antecede a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e também é uma data de formação de preços trimestrais do mercado internacional de derivativos.
Isso significa que há uma batalha mais renhida do que a habitual entre investidores que têm posições compradas (ganham se subir) ou vendidas (ganham se cair) em dólar.
No Brasil, embora exista poucas dúvidas sobre a decisão do Banco Central (BC), há especulações sobre o futuro do ritmo dos cortes do juro. Nos EUA, embora também haja pouca expectativa de uma decisão diferente da manutenção, há espaço de especulação sobre algum sinal no comunicado sobre a data do início do ciclo de baixas, que já foi março, maio e agora começa a migrar para julho.
Embora o dólar no Brasil já estivesse subindo há semanas, havia atingido nível superior a R$ 5 somente durante o dia (intraday), não no fechamento. Por isso, a pequena alta de 0,57% foi o bastante para levar a moeda americana ao novo patamar. Dólar alto, em tese, é mais um risco para a inflação. Mas só se configura se a moeda continuar acima de R$ 5 e subir mais.