Maior exportadora de doces do país, a Docile fez uma parceria de licenciamento com o Comitê Olímpico do Brasil (COB). A marca será o "doce oficial" do Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris, que ocorrem entre 26 de julho e 11 de agosto deste ano.
Com o acordo, a fabricante com sede em Lajeado poderá usar a marca oficial do COB em seus produtos, assim como o comitê poderá fazer uso da marca da empresa. A empresa também fornecerá um kit dos seus produtos para cada atleta da delegação brasileira e terá a marca exposta nos espaços oficiais do COB, tanto no Brasil quanto em Paris durante os jogos.
Além disso, com a parceria, a Docile está desenvolvendo um novo produto, que será um doce de gelatina em formato de medalha olímpica. O item deve estar disponível nas lojas a partir de abril.
A parceria foi formalizada na sede do COB, no Rio de Janeiro, na segunda-feira (22). Participaram Ricardo Heineck, sócio-diretor da Docile, representantes do COB e atletas parceiros, como a ginasta Rebeca Andrade. Por questões contratuais, os valores envolvidos no acordo não foram divulgados (mas pelo gesto da Rebeca na foto, não é coisa pouca...).
— Esse foi o investimento mais ousado que já fizemos. Os valores dos atletas olímpicos têm tudo a ver com os valores da Docile, que são dedicação, superação, gentileza. Além disso, é importante para a nossa marca se tornar mais conhecida no meio esportivo, assim como para o COB é interessante se aproximar do público mais jovem — afirma Ricardo, que estará em Paris durante os jogos.
A Docile já tem como embaixadora da marca a skatista Rayssa Leal, um dos nomes da delegação olímpica brasileira, desde março de 2022. O patrocínio à "Fadinha" foi essencial para a aproximação da empresa com o COB, segundo Ricardo Heineck.
— Ter a Rayssa como nossa embaixadora nos abriu muitas portas. Fez a marca ficar mais conhecida no meio esportivo, e a equipe dela ajudou a apresentar o nosso propósito para o COB e a mostrar que o nosso posicionamento se alinhava ao do comitê — acrescenta.
A empresa também passará a patrocinar diretamente outros atletas brasileiros de destaque, como a própria Rebeca Andrade, a jogadora de futebol Ary Borges, e Darlan Romani, do arremesso de peso. Conforme a marca, eles serão porta-vozes da parceria ao longo do ano, com surpresas em produtos, dinâmicas de ativação de marca e interação com o público.
O acordo da Docile com o COB tem previsão inicial de duração até os jogos de Paris, mas pode ser ampliado até as Olimpíadas de 2028. O patrocínio direto aos atletas também poderá ser estendido para depois dos jogos deste ano.
Além da parceria com o Time Brasil nos Jogos Olímpicos, a Docile também confirmou o apoio ao time paralímpico de atletismo Naurú, projeto criado pela atleta paralímpica Verônica Hipólito. A equipe vai participar das ações de ativação de marca e das campanhas especiais deste ano.
Antes de Paris, Nova York
A moda das inserções midiáticas na Times Square está pegando entre algumas das principais empresas gaúchas. A Docile também exibiu sua marca nos famosos telões de Nova York, mas na quinta-feira (18), um dia antes da Fruki, que executou a ação da sexta-feira (19).
A empresa de doces também estava na cidade para participar da National Retail Federation (NRF), tradicional evento do varejo.
— Soubemos da possibilidade de ter nossa marca veiculada por 15 segundos na Times Square. Aproveitamos essa oportunidade ímpar, e foi um momento histórico para todos da empresa, ter a Docile em uma das maiores vitrines do mundo — complementa Ricardo Heineck.
A Docile
Fundada há 31 anos, a Docile foi criada pelos irmãos Alexandre, Fernando e Ricardo, inspirados pelo pai, Nestor, que aos 86 anos ainda dá expediente na fábrica. Os filhos gostam de dizer que ele é o mais antigo doceiro do Brasil em atividade.
Hoje, a empresa exporta os cerca de 170 produtos de seu portfólio para 80 países. Os itens incluem balas de goma, pastilhas, chicletes, balas de gelatina, refrescos em pó e marshmallows.
Em 2023, o faturamento da Docile chegou a cerca de R$ 620 milhões. De acordo com Ricardo Heineck, a meta da empresa é chegar a R$ 1 bilhão em 2025, impulsionados também pelos patrocínios no âmbito do esportivo.
* Colaborou Mathias Boni