É possível que o dólar chegue a R$ 4,30 no final do ano, mas nesta terça-feira (16) engatou marcha rumo aos R$ 5 - fechou em R$ 4,925 , enquanto a bolsa cai cerca de 1,5% uma hora e perde o patamar de 130 mil pontos antes do encerramento, na movimentação mais forte do ano até agora.
O humor no mercado financeiro azedou, não só no Brasil, com declarações de um diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Christopher Waller, de que a redução de juro por lá será "metódica e cuidadosa".
Embora muitos economistas alertassem sobre o excesso de otimismo nas projeções sobre o início do ciclo de baixa do juro nos Estados Unidos, houve uma onda de quase euforia no final de 2023, que gerou uma sequência de recordes na bolsa brasileira.
Como o mercado muda, literalmente, do dia para a noite, a percepção pode mudar outra vez e gerar movimento contrário. A expectativa do mercado era uma sequência de seis ou sete cortes de 0,25 ponto percentual - aqueles que só fazem sentido no Fed. Waller, porém, disse que, "com a atividade econômica e os mercados de trabalho em boa forma e a inflação caindo gradualmente para 2%", não há razão para "agir tão rapidamente ou cortar tanto como no passado".