O crescimento dos lançamentos de imóveis do tipo estúdio - miniapartamentos de 25 metros quadrados e 60 metros quadrados - em Porto Alegre deu origem a novos negócios. Um é o Studio Perfeito, resultado de parceria entre a empresa Interiore Marcenaria e o escritório de arquitetura Íntegra Studio.
A intenção é oferecer ao público projetos predefinidos e replicáveis, incluindo a execução e a instalação de toda a marcenaria necessária para o melhor uso do espaço do apartamento. Conforme as empresas, a economia estendida ao cliente vem do uso de tecnologia no corte dos móveis e da aplicação em escala, visto que a solução foi desenvolvida para empreendimentos com grande número de unidades.
Com base em dados do Sinduscon, a Studio Perfeito calcula que, em 2022, tenham sido vendidos 1.453 apartamentos do tipo estúdio em Porto Alegre, o que representa 30% do total de unidades negociadas no período - portanto, a maior fatia de vendas. E até julho deste ano, a participação ainda cresceu: representaram 39% de todas as vendas de imóveis na Capital.
O projeto predefinido pode ser customizado com diversas opções de cores, acabamentos e móveis soltos, com valores finais variando entre R$ 60 mil e R$ 130 mil, o que equivale a uma economia de até 30% quando comparado ao custo de um projeto inédito, criado do zero.
Os estúdios dos empreendimentos Venâncio 777, da construtora Saute Mgus, e do The Arch, da Cyrela, já têm projetos disponíveis, e outros lançamentos significativos estão sendo mapeados. Além da arquitetura e e da marcenaria, o Studio Perfeito inclui outros serviços, como instalações elétricas e de piso, acessórios para banheiro e cozinha, e itens de decoração, como cortinas, cadeiras e espelhos.
Um software de realidade virtual permite que os clientes façam um tour pelo apartamento, proporcionando uma visão completa do projeto final, permitindo reconfigurações do mobiliário. Esse tipo de imóvel é usado com frequência para investimento, seja para locações de curto prazo - como AirBnB - ou uso de profissionais e estudantes em trânsito.
* Colaborou Mathias Boni