Além de inaugurar, palestrar e apertar mãos, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, terá uma agenda pesada no Estado nesta sexta-feira (4).
Além dos problemas do plástico e da petroquímica, que já foram apresentados a ele na terça-feira (1) - e serão reforçados na Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) - vai ouvir apelos de produtores de leite e de investidores em energia eólica no Estado.
O caso eólico terá como embaixador o deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT), que terá um encontro reservado com Alckmin às 13h na Fiergs, onde o vice-presidente fará palestra às 14h. O SindiEnergia, que reúne os produtores locais, preparou um alentado estudo reforçando dois pedidos antigos do segmento no Estado: a inclusão do chamado "sinal locacional" - espécie de vantagem concedida à geração de energia perto dos grandes centros consumidores - como critério para os leilões capazes de tirar os projetos do papel e a "indução" de investimentos na Metade Sul.
Como Mainardi lembrou, o Rio Grande do Sul já foi pioneiro e líder nesse segmento, mas perdeu espaço para o Nordeste, que tem juros mais baixos, permitidos por recursos de um fundo constitucional destinado à região. Isso faz com que o custo de um parque eólico na região seja quase sempre mais baixo do que um erguido no Estado, o que faz com que só os parques nordestinos sejam viabilizados nos leilões públicos.
— O presidente Lula voltou da China informando sobre a disponibilidade de bilhões em recursos que precisam de projetos. Nós temos projetos, e vamos entregar. Não adianta fazer leilão com condições que não nos permitem concorrer. Na Metade Sul, os indicadores socioeconômicos são parecidos com os do Nordeste. Se não houver uma política de indução, o desenvolvimento não acontece espontaneamente — argumenta Mainardi.
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