Às vésperas de uma nova reunião na Câmara de Mediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RS), não há sinais de solução para o impasse trabalhista entre o sindicato dos trabalhadores na Corsan, o Sindiágua, e a líder do consórcio comprador da estatal, a Aegea.
Nesta terça=feira (6), o conselho de representantes do Sindiágua aprovou a sugestão da câmara, "com ajustes", conforme o presidente da entidade, Arilson Wünsch. Em vez dos 12 meses de estabilidade, porém, deve levar uma proposta de 18 meses ao novo encontro marcado para sexta-feira (9) - seis acima do sinalizado.
Segundo Wünsch, a retirada da ação na 18ª Vara do Trabalho de Porto Alegre contra a privatização da empresa de saneamento ainda seria "delicada" porque as reivindicações dos funcionários ativos estaria resolvida, mas os aposentados e pensionistas não estariam contemplados:
— Por enquanto, não há a mínima chance de retirar ação nenhuma, a menos que contemple aposentados e pensionistas da Fundação Corsan.
Pelo lado da Aegea, que representa o consórcio formado ainda por Kinea e Perfin, o vice-presidente de operações, Leandro Marin, considera uma avanço a participação do sindicato na negociação, mas diz que uma estabilidade de 18 meses precisa ser analisada com cautela:
— Ainda não temos um cálculo do impacto financeiro que isso representa, porque significa manter por 18 meses as cláusulas atuais, que são pesadas.