O Instituto ProA, organização não governamental que atua para inserir jovens de baixa renda no mercado de trabalho, está ampliando sua atuação no Estado. Até o final do ano, a instituição planeja formar 2 mil jovens por meio da sua plataforma de ensino. À coluna, Alini dal Magro, CEO do Instituto, detalhou como o projeto é estruturado:
— Para financiar o curso, buscamos companhias das regiões atendidas. As empresas-âncora são conhecidas, já que as pessoas têm dúvidas se, de fato, o curso é gratuito e de qualidade. As financiadoras passam credibilidade e nos ajudam a destruir essas barreiras.
No Estado, Gerdau, Instituto Cyrela e Fundação Casas Bahia atuam como âncoras. Além disso, a instituição tem a parceria da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, por meio da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (Fgtas), e da Secretaria da Educação.
Criado em 2007, a partir de uma parceria de três executivos do mercado financeiro — Florian Bartunek, Marcelo Barbará e Susanna Lemann — o ProA se foca em dois projetos. O Pro Profissão oferece curso híbrido de programação voltado a quem quer trabalhar com tecnologia, nas regiões metropolitanas de São Paulo e Recife. Em média, o custo (para os patrocinadores, não para o aluno) do curso com duração de seis meses é de R$ 8,5 mil por aluno.
O Plataforma ProA, voltada para São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é para quem busca o primeiro emprego, com duração de três meses. O custo médio por aluno é de R$ 800. As aulas são divididas em cinco módulos, e abordam autoconhecimento, projeto profissional, raciocínio lógico, comunicação e trilhas técnicas de diferentes tipos de carreiras.
Segundo Alini, a plataforma nasceu na pandemia, como forma de manter o projeto em operação mesmo com distanciamento social. Catarinense, a CEO conta que, além do Rio de Janeiro, a Região Sul foi escolhida para a expansão devido ao perfil da região.
— Avaliamos três fatores: patrocínio, organização escolar e jovens interessados. Os Estados do Sul se destacaram nesses quesitos. Entre os gaúchos, a aceitação foi muito boa. Os jovens estão dispostos a buscar seu primeiro emprego e a relação entre governo e empresas é muito boa — explica.
Podem se inscrever no programa jovens entre 17 e 22 anos que já tenham concluído ou estejam cursando o terceiro ano do Ensino Médio em escolas públicas do Estado. Neste ano, o Instituto vai formar mais dois grupos. As inscrições para a próxima turma vão até 8 de maio e as aulas têm início no dia 15 do mesmo mês.
* Colaborou Camila Silva