O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço
Em 2013, a Lojas Renner criou sua área de sustentabilidade. De lá para cá, a discussão sobre as práticas de ESG (governança corporativa, social e ambiental) avançou e as ações internas e externas também. Conforme a coluna havia antecipado, a empresas se tornou a varejista mais bem colocada no Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 (ISE B3), a bolsa de valores brasileira.
— A criação da nossa área de sustentabilidade, em 2013, quando ainda pouco se falava no assunto no setor, impulsionou a evolução da Lojas Renner de maneira sólida e consistente, sempre em parceria com diferentes elos da cadeia produtiva, buscando o desenvolvimento de novos processos, produtos e serviços mais sustentáveis. Essa trajetória criou oportunidades contínuas de geração de valor para a companhia e para toda a sociedade — comenta a diretora de Gente e Sustentabilidade, Regina Durante.
Ao longo dos anos, foram muitas iniciativas. Em 2011, lançou o programa de logística reversa EcoEstilo, para destinar de forma correta frascos de perfumaria e roupas em desuso.
Vale lembrar, desde 2016, 100% dos gases de efeito estufa emitidos pela operação são compensados com investimentos na restauração de 186 mil de hectares de florestas. .
Em 2018, o conceito ESG chegaria ao seu ponto máximo, ou seja, aos estandes e mostruários, estampando as etiquetas do produto final oferecido aos clientes. Trata-se do Selo Re – moda responsável, que identifica as peças feitas com critérios de sustentabilidade Os padrões envolvem desde matérias-primas menos impactantes, adoção de processos como o menor consumo de água e até os efeitos para a cadeia de fornecedores, o que consolida o conceito de economia circular (desenvolvimento econômico aliado ao uso reduzido de recursos naturais. .
Em 2021, a trajetória pela circularidade, possibilitou a inauguração da primeira loja aplicação prática do conceito de circularidade. Focado na "ecoeficiência" e na máxima redução dos impactos ambientais – tanto da construção, quanto da operação e dos pontos de venda. No mesmo ano, a Renner concluiu o primeiro clico de compromissos públicos em sustentabilidade, com resultados superiores aos projetados em 2018.
Esses projetos renderam reconhecimento internacional. No ano passado, a varejista participou da Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27), no Egito, onde apresentou suas iniciativas para implementar as melhores práticas de sustentabilidade no ecossistema de moda e lifestyle.
— Estar na COP 27 foi um marco que nos permitiu acelerar aprendizados e realizar conexões para seguir contribuindo com a transformação do setor de moda no Brasil. Sabemos que temos um papel importante para engajar a cadeia produtiva e fornecer alternativas de consumo cada vez mais conscientes ao consumidor — afirma o gerente geral de Sustentabilidade, Eduardo Ferlauto.
Novas metas
No ano passado, a empresa apresentou seu novo ciclo de compromissos para 2030. As metas foram separadas em três pilares: soluções climáticas, circulares e regenerativas, conexões que amplificam, relações humanas e diversas. Entre as ações, está estipulado que até 2030 pelo menos 50% dos cargos de liderança deverão ser ocupados por pessoas negras, 18 pontos percentuais a mais do que a participação atual.
ESG na Prática Atividades econômicas sem responsabilidade social e ambiental estão se tornando obsoletas. Práticas ESG (governança corporativa, social e ambiental) não são "moda": fazem parte da mesma transformação que digitaliza negócios e interações pessoais. Inovação não é só tecnologia, mas também diversidade e inclusão. Esta seção mostra o ESG na prática. Sugestões podem ser enviadas para camila.silva@zerohora.com.br e marta.sfredo@zerohora.com.br
* Colaborou Camila Silva
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