Marta Sfredo

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A coluna online é um pouco diferente da GPS da Economia, de Zero Hora, que também assino. Aqui, cabe tudo. No jornal impresso, o foco é em análise dos temas que determinam a economia (juro, inflação, câmbio, PIB), universo empresarial e investimentos.

Novo mandato
Análise

Com recusa de empresários, Alckmin volta a ser opção para o Desenvolvimento

Três nomes do universo corporativo já recusaram indicação, e opções começam a encurtar

Marta Sfredo

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Primeiro nome a ser cotado para o recriado Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, voltou a ser opção para ocupar a pasta.

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, está encontrando problemas para definir o nome que considera ideal, porque empresários que receberam convites recusaram o cargo. 

Lula tentou escalar Jackson Schneider, CEO da Embraer Defesa e Segurança, que atuou no grupo temático do segmento, mas ouviu o primeiro "não". Depois, buscou Josué Gomes, filho de seu vice, José de Alencar. O herdeiro do grupo Coteminas - uma das maiores indústrias têxteis do país, que produz marcas como Artex e Santista -, que preferiu defender a presidência da Fiesp recentemente conquistada das tentativas de derrubada do adversário e ex-presidente Paulo Skaf.

Outra tentativa foi feita com Pedro Wongtschowski, presidente do conselho de administração do Ultra, dono da rede de postos Ipiranga. O empresário fez parte da equipe que assessorou Simone Tebet na campanha presidencial e seria um representante da frente ampla que apoiou Lula no segundo turno, mas declinou. Mesmo na atividade corporativa, Wongtschowski tem baixíssimo perfil, e preferiu seguir assim. 

A decisão pode estar ligada à situação desconfortável da própria Simone, que gostaria de assumir o Ministério do Desenvolvimento Social, mas enfrenta resistências do PT, que quer a pasta que deve abarcar o Bolsa Família. O núcleo mais próximo da ex-candidata está inconformado com o constrangimento que enfrenta a aliada mais ativa de Lula no segundo turno. A mais recente tentativa de afastá-la do Bolsa Família é a versão de que poderá ser ministra do Meio Ambiente, com Marina Silva, nome mais óbvio para o cargo, candidata à presidência da Câmara - o que Marina já negou.

Nesse cenário, o nome de Alckmin voltou a ser a opção menos petista para um ministério que terá papel de interlocução com o empresariado. Pessoas próximas do vice-presidente eleito desestimulam a especulação, mas as opções estão se estreitando. Há alternativas, claro, como Mauro Borges, que comandou o Mdic no final do primeiro mandato de Dilma, mas sua identificação com o PT, nesse caso, reduz suas chances.

 

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