A coluna esperava dar essa informação há três anos, desde a primeira vez que ouviu falar na famosa fábrica de porcelanas da Tramontina: nesta terça-feira (17), a unidade em Moreno, região metropolitana de Recife (PE) será oficialmente inaugurada.
Como boa parte da produção da indústria de Carlos Barbosa, vai fabricar produtos premium para famílias, mas também para bares, hotéis e restaurantes.
A unidade de Moreno vai colocar no mercado ao redor de 200 tipos de produtos, entre pratos, xícaras, pires, canecas, saladeiras e travessas, para somar aos cerca de 22 mil itens da indústria centenária. A capacidade de produção chega a 46 mil peças por dia, com uso de inteligência artificial e robotização em nome de eficiência e produtividade. A área total da nova operação é de 54.318,51 metros quadrados.
A Tramontina Porcelana surgiu a partir de pesquisas de mercado iniciadas em 2014. Desde então, a empresa começou a trilhar internamente o caminho para estampar seu nome em conjuntos conhecidos como louça branca, de material nobre.
— O segmento tem poucos fabricantes no Brasil e, por isso, há ampla demanda hoje não absorvida com a oferta existente. Observamos aí uma grande oportunidade, principalmente para mercados de grande volume, como hotéis e restaurantes — afirma o diretor da Tramontina, Rui Baldasso.
As obras começaram em 2018, com financiamento da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e Banco Nacional do Nordeste (BNB). Não é a primeira unidade da empresa em Pernambuco: vai se somar à Tramontina Delta, fundada em 1998 para a produção de móveis de plástico injetado e rotomoldados (processo de produção de peças mais simples do que o de injetados, soprados e modelados por vácuo). Fica a cerca de 40 quilômetros do porto de Suape, de onde pode exportar com facilidade.