Durante a pandemia, a Netflix foi a última bolacha do pacote do entretenimento. Com a gradual retomada das atividades fora de casa, perdeu assinantes, e agora essa informação provoca queda de 36,14% nas ações da empresa na Nasdaq no final da manhã desta quarta-feira (2o).
Na véspera, o balanço do primeiro trimestre foi anunciado depois do fechamento do mercado, mas já havia provocado queda de 28% nas negociações posteriores. Com a volta das operações normais, o declínio se aprofundou e já representa perda de quase US$ 100 bilhões em valor de mercado: na véspera, estava perto de US$ 200 bilhões, neste momento tomba para US$ 98,79 bilhões.
Todo esse pânico está relacionado apenas à perda de anunciantes? Não exatamente. A exemplo do que ocorreu com outra big tech, a Meta — novo nome do Facebook —, em fevereiro, o nome do jogo é relevância. São empresas cujo valor de mercado (número de ações multiplicado pelo preço de momento) entrou em órbita, em boa parte, por expectativas de futuro.
Ao explicar os resultados, a plataforma fez questão de relatar que a suspensão do serviço na Rússia tirou 700 mil assinaturas do portfólio. Nesta quarta-feira (20), a empresa anunciou uma estratégia para reverter a perda de assinantes que passa pelo modelo que impede o compartilhamento de senhas, já anunciado. Até o final da manhã, porém, o mercado ainda não manifesta mudança de avaliação