A coluna registrou que a Corsan enfrentava novas exigências para que seu processo de capitalização, previsto para fevereiro.
No final da tarde desta terça-feira (25), a estatal comunicou oficialmente o adiamento da oferta de ações, sem nova data para ser realizada (confira a íntegra abaixo).
Analistas não são unânimes sobre a causa do adiamento. Parte vê como maior problema a impossibilidade de fechar a ancoragem, ou seja, um compromisso de compra mínimo para viabilizar a operação, que envolveria as empresas Aegea e Perfin. Outros atribuem a decisão exatamente a dificuldades institucionais com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e até o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
No órgão estadual, a decisão mais recente relacionada ao processo de inspeção aberto ainda no ano passado, foi uma intimação ao presidente da estatal, Roberto Barbuti, e ao governador Eduardo Leite. A decisão foi publicada na segunda-feira (24) e dá prazo de cinco dias para que prestem esclarecimentos.
FATO RELEVANTE
A Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN (“Companhia”), em atendimento as disposições da Resolução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) nº 44 de 23 de agosto de 2021 e em consonância com o fato relevante divulgado em 9 de dezembro de 2021, informa à sociedade brasileira, aos seus acionistas, aos seus clientes e funcionários e ao mercado em geral que, por decisão do acionista controlador, irá postergar a realização da oferta pública inicial de ações de emissão da Companhia (“Oferta”). A Companhia manterá os seus acionistas e o mercado em geral informados sobre quaisquer atualizações relevantes acerca da Oferta, nos termos da regulamentação aplicável. Informações adicionais serão divulgadas por meio de comunicado ao mercado ou fato relevante no site da CVM (https://www.gov.br/cvm/pt-br) e no site de relações com Investidores da Companhia (https://investidores.corsan.com.br/).
Porto Alegre, 25 de janeiro de 2022