O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Uma das principais transformações provocadas pela pandemia foi a relação das pessoas com suas casas. A notícia é especialmente positiva para a indústria de móveis: a operação da Wilson Sons no Tecon Rio Grande registrou, em 2021, aumento de mais de 50% na exportação de cargas do segmento em relação ao ano anterior.
Foram movimentados 9.568 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), o correspondente a 88,6 toneladas. O resultado é o maior volume contabilizado pelo terminal em 13 anos.
Na mesma batida, as exportações de cargas do setor moveleiro nacional aumentaram mais de 55% este ano: de US$ 487,6 milhões, entre janeiro e outubro de 2020, para US$ 757,3 milhões no mesmo período de 2021, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. E o Rio Grande do Sul é responsável por 29,6% do total dessas exportações.
A produção total também cresceu. Estudo da IEMI – Inteligência de Mercado para a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) revelou alta de 6,5% de janeiro a novembro de 2021, em relação ao mesmo período de 2020. A pesquisa mostrou ainda que empresários do setor vêm investindo em infraestrutura das fábricas e na contratação de mais mão de obra, o que reflete um olhar de otimismo do setor.
O embarque de móveis no Tecon Rio Grande é feito semanalmente. Os principais destinos são as cidades de Londres (Reino Unido), Houston (Texas), Cartagena (Colômbia) e o Porto de Callao (Peru).
– O terminal está estruturado para receber e escoar a produção de móveis para outros países e outros estados brasileiros – diz Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon.